ATA DA TRIGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 08.04.1991.
Aos oito dias do mês de abril do ano de mil
novecentos noventa e um reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Quarta Sessão Ordinária da
Terceira Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura. Às quatorze horas
e quinze minutos foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos
Vereadores Adroaldo Correa, Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella,
Clóvis Brum, Clóvis Ilgenfritz, Cyro Martini, Décio Schauren, Dilamar Machado,
Edi Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gert Schinke, Giovani Gregol, Isaac
Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, João Motta, José Alvarenga, José Valdir,
Lauro Hagemann, Leão de Medeiros, Letícia Arruda, Luiz Braz, Luiz Machado, Mano
José, Nelson Castan, Nereu D’Ávila, Omar Ferri, Vicente Dutra, Vieira da Cunha,
Wilson Santos e Wilton Araújo. Constatada a existência de "quorum", o
Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou ao Vereador Luiz
Machado que procedesse à leitura de trecho da Bíblia. A seguir, o Senhor
Secretário procedeu a leitura da Ata da Trigésima Terceira Sessão Ordinária,
que foi aprovada. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Antonio Hohlfeldt,
01 Projeto de Resolução n° 11/91 (Processo n° 883/91); pelo Vereador Clóvis
Brum, 01 Projeto de Lei Complementar do Legislativo n° 16/91 (Processo n°
0966/91); pelo Vereador Edi Morelli, 01 Pedido de Providências e 03 Indicações;
pelo Vereador Leão de Medeiros, 01 Indicação; pelo Vereador Luiz Machado, 03
Pedidos de Informações, 03 Emendas ao Projeto de Lei do Legislativo n° 50/91
(Processo n° 921/91) e 01 Projeto de Lei do Legislativo n° 50/91 (Processo n° 921/91);
e pelo Vereador Omar Ferri, 01 Projeto de Lei do Legislativo n° 51/91 (Processo
n° 924/91); pelo Vereador Lauro Hagemann, 01 Emenda ao Projeto de Lei do
Executivo n° 67/90 (Processo n° 2199/90). Do EXPEDIENTE constaram: Ofício n°
41/91, do Senhor Prefeito Municipal; e Impresso da Associação dos Engenheiros
da Petrobrás. Em continuidade, o Senhor Presidente informou ao Plenário que o
período de GRANDE EXPEDIENTE da presente Sessão seria destinado à comemoração
do Dia Nacional da Saúde, a requerimento, aprovado, do Vereador Giovani Gregol,
e anunciou que compunham a Mesa, o Dr. Luís Antônio Oliveira, Secretário
Substituto da Secretaria de Estado de Saúde, Drª Maria Luiza Jaeger, Secretária
Municipal de Saúde e Serviço Social, o Senhor João Reus, representando o
Sindipolo e DIESAT e concedeu a palavra aos oradores que falariam em nome da
Casa. O Vereador Giovani Gregol, na condição de Autor da proposição que
originou a presente comemoração e em nome das Bancadas do Partido dos
Trabalhadores e do Partido Comunista Brasileiro, pronunciou-se sobre o
transcurso, ontem, do Dia Nacional da Saúde e, registrando o recrudescimento de
endemias no Brasil, enfatizou a necessidade de combater-se as causas das
moléstias, como a falta de habitação, de investimentos em saúde, saneamento e
educação. O Vereador Ervino Besson, em nome da Bancada do Partido Democrático
Trabalhista, expressou sua tristeza diante da gravidade da situação da saúde
pública no País, apontando o fechamento de hospitais no interior do Estado e a
precariedade do funcionamento de outros. O Vereador João Dib, em nome da
Bancada do Partido Democrático Social, registrou que não se pode comemorar a
passagem do Dia Nacional da Saúde, porquanto no Brasil não existe saúde e sim
doença, realidade da população pela falta de atendimento médico e social. E
propugnou por luta contra a doença. Após, o Senhor Presidente concedeu a
palavra ao Senhor João Reus, do Sindipolo, que abordou a discussão sobre a
privatização da previdência social e, a seguir, falaram a Drª Maria Luiza
Jaeger, Secretaria Municipal da Saúde e Serviço Social, que manifestou sua
concordância quanto à situação da saúde pública e anunciou o encaminhamento à
Casa de projeto concernente à saúde; e o Dr. Luís Antônio Oliveira, Secretário
Substituto da Secretaria de Estado da Saúde, que expôs a preocupação do Governo
do Estado na execução de sua política de saúde pública em entendimento com os
Municípios. Em prosseguimento, o Senhor Presidente, agradecendo o
comparecimento de todos, registrou sua concordância quanto ao trabalho
integrado do Estado e Município na área da saúde pública e o êxito em
atendimento médico implementado pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição e
suspendeu os trabalhos às quinze horas e oito minutos, nos termos do artigo 84,
II do Regimento Interno, sendo os mesmos reabertos, constatada à existência de
"quorum", às quinze horas e dez minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador Edi Morelli verberou que o Governo Municipal não tem cumprido a lei,
apontando a não exigência de certidão negativa de cumprimento de direitos
trabalhistas para a concessão de “habite-se”. A seguir, a Requerimento verbal,
aprovado, do Vereador Adroaldo Correa, de inversão da ordem dos trabalhos,
passou-se ao período de PAUTA. Em Discussão Preliminar estiveram, em 1ª Sessão,
os Substitutivos n°s 01 e 02 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
14/91, e de n° 01 ao Projeto de Lei do Legislativo n° 12/91, os Projetos de Lei
do Legislativo n°s 03, 38, 46, 39, 41 e 47/91, os Projetos de Lei Complementar
do Legislativo n°s 11, 12 e 13/91; em 2ª Sessão, os Projetos de Resolução n°s
07 e 08/91 e 63/90, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo n°s 06 e
09/91 e os Projetos de Lei do Legislativo n°s 01, 36, 28, 37 e 40/91 e 178/90;
em 3ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 61/90, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo n° 04/91 e os Projetos de Lei do Legislativo n°s 05, 09 e 32/91 e
177/90. Após, constatada a existência de "quorum", foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em Renovação de Votação Nominal, foi aprovado, por vinte Votos
SIM contra onze Votos NÃO, o Projeto de Lei do Executivo n° 01/91, em sua parte
não vetada, e considerado rejeitado o Veto Parcial a ele aposto, após ter sido
encaminhado à votação pelo Vereador Adroaldo Correa. Votaram “Sim” os Vereadores:
Artur Zanella, Clóvis Brum, Cyro Martini, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, Leão de
Medeiros, Letícia Arruda, Luiz Braz, Luiz Machado, Mano José, Nelson Castan,
Nereu D'Ávila, Vieira da Cunha, Wilson Santos e Wilton Araújo, e votaram “Não”
os Vereadores Adroaldo Correa, Antonio Hohlfeldt, Clóvis Ilgenfritz, Décio
Schauren, Gert Schinke, Giovani Gregol, João Motta, José Alvarenga, José
Valdir, Lauro Hagemann e Omar Ferri. Em Discussão Geral e Votação, Urgência,
foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n° 174/90. Em Discussão Geral e
Votação, foram aprovados: os Projetos de Lei do Legislativo n°s 169; 173 e
123/90, este com Emenda e após ter sido encaminhado à votação pelos Vereadores Mano
José, Luiz Braz, Dilamar Machado, Antonio Hohlfeldt e Lauro Hagemann; e 24/91;
e o Projeto de Resolução n° 57/90. Em discussão Geral e Votação estiveram: os
Projetos de Lei do Executivo n°s 67/90; 125/89 e 51/90 que, a Requerimentos,
aprovados, dos Vereadores João Motta, Cyro Martini e do Vereador Elói
Guimarães, respectivamente, tiveram adiadas a discussão por uma Sessão.
Ainda, em Discussão Geral e Votação esteve o Projeto de Lei do Legislativo n°
114/89 que, a Requerimento, aprovado, do Vereador Nelson Castan, foi retirado
nos termos do artigo 146 do Regimento Interno. Na oportunidade foram aprovados
Requerimentos solicitando a dispensa de distribuição em avulsos e interstício
para as respectivas Redações Finais, considerando-as aprovadas nesta data: do
Vereador João Motta, para o Projeto de Lei do Legislativo n° 174/90; do
Vereador Mano José, para o Projeto de Lei do Legislativo n° 123/90; do Vereador
Vicente Dutra, para o Projeto de Lei do Legislativo n° 169/90; do Vereador Cyro
Martini, para o Projeto de Lei do Legislativo n° 173/90 e para o Projeto de
Resolução n° 57/90; do Vereador Isaac Ainhorn, para o Projeto de Lei do
Legislativo n° 24/91. Em Votação esteve o Parecer n° 51/91, da Comissão de
Justiça e Redação, que, a Requerimento, aprovado, do Vereador Vicente Dutra,
foi retirado para reestudo. Durante a Ordem do Dia, o Senhor Presidente
respondeu Questões de Ordem dos Vereadores Clóvis Brum, acerca da possibilidade
de destaques na votação do Parecer n° 51/91, acima referido; João Dib, acerca
do Parecer n° 51/91, acima referido; Artur Zanella, acerca do encaminhamento à
votação de matéria cujo processo de votação foi anulado. Ainda, durante a Ordem
do Dia, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Isaac Ainhorn, solicitando
alterações na ordem de votação da matéria em pauta, o qual foi encaminhado à
votação pelo Autor e pelo Vereador Clóvis Ilgenfritz, e os trabalhos estiveram
suspensos por trinta e nove minutos, nos termos regimentais. Também, durante o
período de PAUTA, esteve, em Discussão Preliminar, 1ª Sessão, o Projeto de Lei
Complementar do Executivo n° 02/91. Às dezessete horas e quinze minutos,
constatada a inexistência de "quorum", o Senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária
de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores
Antonio Hohlfeldt e Clóvis Ilgenfritz e secretariados pelo Ver. Leão de
Medeiros. Do que eu, Leão de Medeiros, 1° Secretário, determinei fosse lavrada
a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelo
Senhor Presidente e por mim.
O SR. PRESIDENTE
(Antonio Hohlfeldt): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão. Passamos ao
GRANDE
EXPEDIENTE
Hoje, conforme o Proc. n° 0667, de autoria do Ver. Giovani Gregol, o
Grande Expediente será destinado à comemoração do Dia Nacional da Saúde,
conforme Requerimento aprovado no dia 11 de março. A Mesa está composta pela
Senhora Secretária Municipal da Saúde e Serviço Social, Drª Maria Luiza Jaeger;
Secretário Substituto da Secretaria de Estado da Saúde, Dr. Luís Antônio
Oliveira, a quem queremos dar as nossas boas-vindas e ao companheiro João Réus,
que representa o Sindipolo e o Departamento Intersindical de Estudos em Saúde
do Trabalhador. A Diretoria Legislativa está consultando as Lideranças quanto
às manifestações que os Partidos venham a fazer durante esta Sessão. Nós
passamos, inicialmente, a palavra ao Vereador proponente deste Espaço, Ver.
Giovani Gregol, que terá cinco minutos para a sua manifestação.
O SR. GIOVANI GREGOL: Bem, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, eu iniciaria, como de praxe, saudando os componentes da Mesa. Em
primeiro lugar, o companheiro Antonio Hohlfeldt, Presidente da Câmara
Municipal; o Dr. Luís Antônio Oliveira, Secretário Substituto da Secretaria da
Saúde do Estado do Rio Grande do Sul; a Drª Maria Luiza Jaeger, Secretária
Municipal da Saúde e Serviço Social; o Companheiro João Reus, representante do
Sindipolo – Sindicato dos Trabalhadores do Pólo Petroquímico do Rio Grande do
Sul e também do DIESAT – Departamento Intersindical de Estudos em Saúde do
Trabalhador; também presente aqui conosco, hoje, o Sindicato dos Enfermeiros do
Rio Grande do Sul representado, entre outros, pela sua Presidenta Ana Maria
Bowls; o CEBS – Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, representado, também,
pela sua Diretora Maria Cecim Misosky; demais colegas Vereadores. Na realidade,
nós não podemos, hoje, comemorar nada. É o dia chamado “Dia Mundial da Saúde”,
que transcorreu ontem, dia 7 de abril e que hoje a Câmara está marcando porque
ela não funcionava, naturalmente, no dia de ontem, que era um domingo.
Neste ano de 1991 a Organização Mundial da Saúde, a OMS, faz 41 anos de
existência. É a OMS que organiza, que orienta a comemoração de todo o Dia Mundial
da Saúde, que acontece anualmente, que foi uma data marcada pela própria OMS,
dá uma orientação daquilo que deve ser discutido anualmente. Para este ano a
OMS está propondo a discussão da preparação, do enfrentamento, enfim, das
populações e dos governos às chamadas catástrofes naturais, que seriam, em
primeiro lugar, os terremotos, maremotos, inundações, furacões e, também, a
preparação, em todos os países do Mundo, a sinistros com substâncias químicas e
radioativas. Inclusive, penso que isto se deve, em parte, ao acontecimento
ainda neste ano da Guerra do Golfo Pérsico.
Mas, no Brasil, independente destas catástrofes, independente destas
catástrofes naturais – algumas delas não existem –, nós temos um agravamento da
situação de saúde bastante claro; recrudescimento das doenças
infecto-contagiosas como a tuberculose, a sífilis e outras, e o ressurgimento
de doenças epidêmicas que tinham praticamente desaparecido, a cólera na América
Latina, como alguns casos já suspeitos no Brasil, que devem chegar aqui. O
próprio Governo Federal admite que não está preparado para enfrentar a cólera,
a febre amarela e a dengue, que era uma doença que havia sido trazida pelos
africanos que foram utilizados como escravos no Brasil, e que havia
desaparecido e agora apareceu com muita força. A meningite, a leptospirose, a
malária, que hoje tomou conta de todo o norte do País, e hoje já entrando por
todo o resto do território: centro-oeste, sul do Brasil, e assim por diante.
Sem dúvida é importante constatar que esta situação não é causa, é
conseqüência de uma situação anterior, principalmente da situação
sócio-econômica que vige, hoje, no nosso País, e que sofre a nossa população.
As condições, ou as pré-condições para uma boa saúde estão em crise e se
deteriorando rapidamente. Seriam quais as condições? A alimentação em primeiro
lugar, a moradia, o saneamento, a educação, as condições ambientais, as
sanidades ambientais e assim por diante. É preciso colocar por que essas
condições estão se deteriorando? Em primeiro lugar é preciso enfaticamente
denunciar e confirmar que essas situações de moradia, de salário, de educação,
elas estão em crise porque hoje no Brasil existe uma política deliberada e
auto-proclamada do Governo Federal de sucatear vários setores da realidade
sócio-econômica brasileira. A própria FIESP anuncia, através dos jornais, que a
economia nacional, inclusive no seu setor, a indústria, está sendo sucateado. E
pior ainda, estamos próximos de um ponto de não-retorno, isso segundo a FIESP,
não é a CUT que está dizendo isso, a CUT também diz isso. Mas não é só a
indústria, a economia está em crise no Brasil, a saúde da população, a vida das
crianças, enfim, a qualidade de vida das pessoas, das crianças, dos idosos, dos
trabalhadores em geral, ela está em crise há mais de uma década. Aliás, nunca
esteve num patamar próximo do adequado, mas nessa última década e meia,
acompanhando a crise sócio-econômica que é perpétua no Brasil e que se agrava
nesses últimos quinze anos, com leves tendências de altos e baixos, mas sempre
numa média decrescente, a saúde vem decaindo. E agora, no Governo Collor,
então, despenca de uma forma rápida. E o que é mais grave: em função de uma
política deliberada autoproclamada, como citei antes, e irresponsável deste
Governo a essa crise toda de moradia, por exemplo, nós temos um déficit de
quinze milhões de moradias no nosso País.
A essa falta de investimento, falta de prioridade em saúde, em educação,
em saneamento, em controle ambiental, nós temos de parte desse mesmo
empresariado que diz que o seu setor está sucateado, e de parte do setor
estatal nós temos qual resposta? Nós temos um coro de uma nota só:
privatização. É a única resposta que o Governo Federal, hoje, sabe dar à crise
da saúde. E na realidade a privatização entendida dessa forma como uma
panacéia, aquele remédio que cura todos os males e que não existe em medicina
nenhuma do mundo, ou aquela pedra filosofal, que tudo resolve, esta panacéia,
como toda panacéia, aplicada aos males do Brasil e aos males da saúde dos
brasileiros, ela não vai curar esta doença. Pelo contrário, ela estará
agravando muito rapidamente esta doença. E, hoje, se vê uma política e uma
campanha clara e deliberada, planejada no nosso País, às vezes com a conivência
de grandes órgãos de comunicação, de, na realidade, sucatear e desmoralizar o
setor público de saúde e de previdência para que ele seja, como está,
rapidamente substituído pelo setor privado, como se isso fosse capaz de
solucionar ou consubstanciar uma política de saúde num País que tem milhões de
desabrigados, de famintos, de mal-vestidos e, conseqüentemente, de pessoas em
condições de saúde precárias.
Nós teríamos, ainda, muito que falar sobre isso, os demais componentes
da Mesa vão se referir sobre outras coisas importante, inclusive da nossa Cidade,
sobre o Sistema Único de Saúde, sobre a municipalização do sistema de saúde no
nosso Município, sobre o trabalho da CIMS e a sua transformação em Conselho
Municipal de Saúde. Se depender de nós, da nossa luta, e neste sentido eu
conclamo os trinta e três Vereadores desta Casa para a transformação da CIMS
num grande Conselho Municipal de Saúde, ainda no ano de 1991, que deverá ser o
grande gestor legal, juridicamente, da saúde no Município de Porto Alegre.
Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Giovani Gregol, além de
proponente, falou pelo Partido dos Trabalhadores e pelo Partido Comunista.
Com a palavra o Ver. Ervino Besson, que falará pelo PDT.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Antonio
Hohlfeldt; Dr. Luís Antônio Oliveira, Secretário Substituto da Secretaria de
Saúde do Estado do RS; Drª Maria Luiza Jaeger, Secretária Municipal da Saúde e
Serviço Social; Sr. João Reus, representante do Sindipolo e DIESAT; Srs.
Vereadores, senhoras e senhores que nos honram, aqui nas galerias, nós
gostaríamos de estar hoje nesta tribuna, onde se comemora o Dia Nacional da
Saúde dando uma opinião um pouco mais agradável, com um sentimento mais
harmônico e mais alegre em termos de saúde pública. Mas, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, Sr. Secretário e Srª Secretária, infelizmente, temos que dar aqui o
nosso relato com muita tristeza, porque sabemos que hoje a saúde pública se
encontra numa situação terrível, nessa situação toda que nós acompanhamos
através da imprensa escrita e falada, os acontecimentos do dia-a-dia que
ocorrem em nossos hospitais.
Tivemos oportunidade, hoje mesmo, de dar entrevista na Rádio
Bandeirantes onde trocamos idéias com o repórter que nos entrevistou, e
dissemos da nossa preocupação e tristeza, digo mais uma vez, de termos que
assistir e acompanhar a lamentável realidade da saúde pública em que se
encontra, hoje, o povo brasileiro. Diversos hospitais, Ver. Mano José, como
sabemos, estão mal. O Hospital Santa Clara, no interior de Encantado, fechou
suas portas porque não tinha mais condições de funcionar. O Hospital de Portão
também fechou suas portas por vários dias, mas a comunidade, lá, se mobilizou e
o hospital foi reaberto, até quando não se sabe. E sabemos, nós, que diversos
hospitais hoje se encontram funcionando, continuando com as suas portas abertas
graças ao heroísmo do seu corpo médico e sua direção, como é o caso do Hospital
Vila Nova e outros hospitais. Também o Hospital Espírita, hoje, se encontra
numa situação bastante preocupante. O Hospital Espírita, por exemplo, tem de
oitenta a cem pessoas esperando vagas. E essas pessoas, conforme tivemos hoje
informações de sua Direção, ela teria sim que estar dentro de um hospital,
tendo em vista a gravidade em que essas pessoas se encontram. E sabemos que no hospital
não existe vaga, e essas pessoas se encontram convivendo juntamente com seus
familiares, criando assim uma situação quase que insuportável.
E, ainda, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós vimos, há pouco, o
Governo Federal vetar todo o plano de saúde para o nosso Brasil. E o que nós
estamos vendo e acompanhando: a situação da saúde pública está cada vez mais
séria e cada vez mais preocupante, pessoas ficando três, quatro, até cinco
horas na fila para conseguir uma ficha para uma consulta médica, e, de repente,
Ver. João Dib, quando chega a sua vez, não consegue; e quando consegue é só
para depois de três, quatro, cinco ou dez dias.
Portanto, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, com isso nós sentimos na
carne a situação caótica em que se encontra a saúde pública. Mas, encerrando,
pedindo a força divina para que esse caos também um dia se consiga pelo menos
amenizar o sofrimento da nossa população. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. João Dib,
pelo PDS.
O SR. JOÃO DIB: Exmo Dr. Luís Antônio
Oliveira, Secretário Substituto da Secretaria da Saúde e Meio Ambiente do
Estado; Drª Maria Luiza Jaeger, Secretária Municipal da Saúde e Serviço Social;
Dr. João Reus, representante do Sindipolo e DIESAT; Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, a Bancada do PDS tem um médico e deveria ser ele, por certo, a usar
esta tribuna, mas eu pedi a ele licença para falar em nome do nosso Partido. É
porque tenho dito, muitas vezes, desta tribuna, que não há porque comemorar
certos dias, e o Dia da Saúde, no meu entendimento, é dia de brincadeira,
porque saúde nós não temos, nós temos é doença, e talvez hoje fosse o dia de
redobrar esforços para que essas doenças fossem sanadas, e que os nossos
problemas, dos miseráveis, famintos, sem leite, sem pão, sem carne pudessem ter
esta saúde que pretendemos comemorar no dia de hoje. O que temos que falar é da
doença, porque são poucos os que têm saúde. O que precisamos é de muito mais
atenção para todos os brasileiros e para todas as pessoas do mundo, esse mundo
que está constantemente em guerra, e que com umas balas de fuzil, com umas
balas de canhão traria educação e saúde para todos e teríamos paz, e até
controle da natalidade dando mais saúde.
Então, na verdade, temos que falar da doença, doença que há poucos dias
o Prefeito desta Cidade tentou impedir que se criasse, aqui nesta Cidade, para
o municipário, um instituto de assistência aos funcionários. O Prefeito tentou
impedir depois de mandar um Projeto, os termos em que ele mandou o Projeto, não
que a Câmara tivesse acrescido alguma coisa. Então, temos mesmo é que falar da
doença e de buscar solução para ela, mas não com reuniões como a que hoje está
sendo feita, e por certo, talvez, no mundo inteiro, mas, na verdade, estamos
sofrendo falta de atendimento médico, falta de atendimento farmacêutico, falta
de atendimento social. Por isso pedi licença ao médico da minha Bancada, único
médico que esta Casa tem em seu quadro de Vereadores, para que eu dissesse um
pouco da minha revolta contra a falta de saúde, contra aquilo que realmente
existe para o povo brasileiro, que é a doença. Vamos redobrar os nossos
esforços, vamos lutar para que um dia tenha menos doença, e um dia tenha mais
compreensão dos institutos que arrecadam e não devolvem saúde, permitindo
que a doença se propague e se amplie.
Deixamos registrada a nossa tristeza pela doença excessiva que o povo
brasileiro tem. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Passamos a palavra ao Sr. João Reus.
O SR. JOÃO REUS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhoras e senhores aqui presentes.
Falar em saúde no Brasil é muito difícil, agora, falar em doença, miséria,
acidente, morte é uma coisa que virou algo que está na ordem do dia. É
importante e as pessoas que me antecederam falaram nisso, registrar apenas que
está havendo uma regressão com relação ao controle de endemias, doenças como a
lepra. Hoje o Brasil é o País onde mais rapidamente cresce este ripo de doença,
mas o meu interesse é em falar sobre a conjuntura da discussão sobre saúde da
Previdência no País. Hoje, se vê na imprensa se armando escândalo sobre a
Previdência, cujo mote principal é defender a privatização como um todo. Agora
eu pergunto aos senhores desta Casa quem é Arnaldo Rossi, Presidente do INSS?
Quem é? Arnaldo Rossi é genro do dono da Sul América Seguros, um homem com um
passado todo ligado a grandes grupos financeiros que têm interesse imediato em
privatizar a Previdência e colocar a mão no segundo maior orçamento deste País.
Privatizar a Saúde, a Previdência é um escárnio ao bom senso, é querer lucrar
com a desgraça alheia. Tudo o que a gente defende em termos de saúde vem contra
isso. Sempre pregamos a prevenção, e o que dá lucro é a cura, porque privatizar
significa tornar as ações curativas um propósito, pois o fim último é o lucro.
Privatizar o acidente do trabalho é um Projeto que está na Câmara dos
Deputados, hoje, não vai representar uma diminuição do número de acidentes e o
número de doenças. A solução, para nós, trabalhadores, é não à privatização e sim
à democratização da gestão desses organismos: o INSS, o SUS, com a participação
de toda a sociedade. Os Vetos à Lei Orgânica da Saúde vêm justamente
contra isso, contra a democratização da gestão desses organismos. Os
trabalhadores estão se acidentando, adoecendo, morrendo em decorrência das
condições de trabalho. Isso não é algo novo, desconhecido, para se ter uma
idéia, dizem que somos campeões mundiais de acidentes, mas não se tem notícia
dos acidentes no campo, dados mais esparsos nos dão conta de que em
determinadas regiões metade dos trabalhadores estão intoxicados por
agrotóxicos.
A legislação prevencionista é uma
pérola do descaso quando fala em acidentes do trabalho, por exemplo, no Brasil,
o limite de tolerância para trabalho com benzeno é 8 ppm, oito partes por
milhão, enquanto que há países em que o limite é 1 ppm, e há países em que não
é permitida a exposição ao benzeno. Na Itália isso não é permitido desde 1975.
E pasmem os senhores, é dado às empresas o dever exclusivo de comunicar os acidentes
de trabalho e as doenças, quem mutila comunica o fato. Isso é uma excrescência.
Outra coisa que eu gostaria de
colocar é que os trabalhadores encaminharam uma crítica à Prefeitura no sentido
de que o programa de saúde do trabalhador fosse priorizado, no que fomos
acatados. Agora precisamos também transferir, em nível do Município, a
coordenação do acidente do trabalho.
Para finalizar, gostaria de
colocar que não basta o Poder Público fazer ações com relação ao programa de
saúde do trabalhador ou à tentativa de debelar acidentes do trabalho; é
necessário, e os trabalhadores já estão se conscientizando disso, que os
sindicatos organizem comissões de saúde que lutem por si, participativas, e que
lutem por melhores condições de trabalho e de saúde para que esse problema
consiga ser sanado. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. MARIA LUIZA JAEGER: Sr. Presidente da Mesa; Sr. Secretário Substituto da Secretaria de
Estado da Saúde e do Meio Ambiente, Dr. Luís Antônio Oliveira; Sr. João Reus,
represente do Sindipolo; senhoras e senhores, hoje comemoramos o Dia Mundial da
Saúde e esta comemoração nós fazemos todos os anos. Este ano ele é dedicado às
calamidades de ordem natural. Temos, em Porto Alegre, uma situação privilegiada
justamente pela existência do Hospital de Pronto Socorro que, em relação a
todos os acontecimentos que se tornaram calamidade na Cidade, felizmente tem conseguido
resolver. Concordo com todos os que me antecederam que este País vive uma
grande calamidade que é a crise econômica e social e que se reflete em cima da
saúde da população brasileira.
Nós convivemos ao
mesmo tempo com a epidemia no País, no início da possibilidade de uma epidemia
de cólera, convivemos com uma série de doenças, como é o caso de chagas, em que
nós somos um dos estados com maior número no País. Apesar de ser considerado um
dos estados com melhores condições sócio-econômicas, convivemos, ao mesmo
tempo, com problemas como temos hoje, uma mortalidade infantil em Porto Alegre
basicamente causada por condições de pré-natal e de parto. O maior índice de
mortalidade infantil de Porto Alegre é devido à má condição de pré-natal e de
parto. Então nós convivemos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com doenças
de países de Primeiro Mundo e com doenças que em muitos países do chamado
Terceiro Mundo já estão resolvidas.
Então, é nesta
situação que cada vez mais é necessário um trabalho conjunto do Governo
Federal, do Governo do Estado e, principalmente, um trabalho dos Municípios, do
seu Poder Executivo e do Legislativo, no sentido de garantir algo que está no
texto constitucional, que saúde é um direito de todos, é um dever do Estado, e
o cidadão brasileiro tem direito universal a uma assistência à saúde integral.
Nesse sentido, a
posição da Administração Municipal de Porto Alegre é que isto tem que ser
feito, conjuntamente com o Legislativo. Estamos encaminhando, neste semestre,
para discussão nesta Casa, um Projeto de Lei com relação ao Conselho Municipal
de Saúde e um com relação ao Fundo Municipal de Saúde, e estamos realizando,
neste momento, o cadastro de todos os serviços ambulatoriais da Cidade. O
sistema de informação ambulatorial que nós enviamos um documento a todos os
Vereadores esclarecendo sobre este cadastro, e estamos à disposição do
Legislativo para qualquer esclarecimento sobre este sistema. Inclusive, este
sistema é nacional, de informações ambulatoriais, não é uma proposta do Município
de Porto Alegre, e nós consideramos que é papel do Município se colocar como
gestor do sistema municipal de saúde, controlando o que deve ser prestado,
tanto pelo setor público quanto o que deve ser comprado pelo setor privado,
para que realmente a população da Cidade e a que recorre aos serviços de saúde
da Capital vinda do interior e da Região Metropolitana, tenham serviços em
quantidade suficiente e em qualidade necessária para que realmente se garanta o
que está escrito no texto constitucional. Neste sentido, concordamos com o Ver.
Dib: vivemos ainda em uma situação de doença e não de saúde, mas cabe a nós,
tanto o Poder Executivo como o Legislativo, tornar realidade o que está em
nossas leis, na Constituição, na Lei Orgânica do Município, realidade da vida
do cidadão desta Cidade. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Dr. Luís Antônio Oliveira, Secretário Substituto da
Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, na sua primeira visita
formal a esta Casa, a quem queremos dar nossas boas-vindas.
O SR. LUÍS ANTÔNIO
OLIVEIRA: Ver. Antonio Hohlfeldt, Presidente desta Casa;
Secretária Maria Luiza; representante do Sindipolo, João Reus; demais
Vereadores, convidados, senhoras e senhores. Em primeiro lugar, é um prazer
para nós, que estamos assumindo o Estado, nos fazer presentes nesta Sessão e
mostrar, realmente, a preocupação que nós temos com relação à saúde.
Concordamos plenamente com o Ver. Dib quando ele diz que nós não temos nada a
festejar em termos de saúde, e sim, devemos nos preocupar em termos da doença.
Na realidade, isto tem sido historicamente o que acontece no nosso País: cada
vez mais se valorizando a doença e cada vez menos se preocupando com a saúde. O
que o Ministério tem feito com relação à nossa preocupação em termos de saúde?
O Ministério agora, a partir de janeiro, fez uma premiação em cima da doença,
transformando todo o servidor público, tanto Município como Estado, em
prestador de serviço, ou seja, vendendo o seu atendimento médico e não fazendo
com que nós tivéssemos uma proteção e uma promoção da saúde.
Nós temos uma preocupação muito
grande em termos de municipalização. A Secretaria de Estado do Rio Grande do
Sul, hoje, tem consciência de que o Município administra a saúde muito melhor
do que qualquer órgão estadual ou federal. A identificação local do problema de
saúde, isto nós temos visto, no último final de semana vimos uma reportagem que
saiu num jornal local de que o setor saúde, em termos de mortalidade infantil
no Rio Grande do Sul, é privilegiado. Mas se nós trouxermos esta preocupação
para identificação de cada Município ou dentro mesmo de cada Município, de
alguns setores, nós veremos que de uma maneira localizada nós temos ainda
preocupações a serem resolvidas. A Secretaria do Município de Porto Alegre com
a Secretária Maria Luiza, tem consciência de que Porto Alegre tem a menor
mortalidade das regiões metropolitanas do País, mas sabe que dentro do seu
Município existem locais de mortalidade infantil alta, identificada com as
piores do mundo. Então, o Município tem que ter a gestão do sistema, o
Município tem que ser aquele que determina onde vão ser aplicadas as verbas, e
assim por diante.
Nós temos outra preocupação, que,
segundo Maria Luiza colocou, é o Sistema SIASUS. O cadastramento e o controle
desses sistemas devem ser feitos pelos Conselhos Municipais e, principalmente,
pelas Secretarias. Porque nós temos consciência de que, para não cometer
injustiças, a Secretaria do Estado tem que transferir aos Municípios o direito
de fazer com que ele identifique qual é o prestador de serviço que tem
qualidade suficiente para entrar no sistema.
Outra coisa que nós queremos
salientar, nós queremos já fazer um chamamento junto com a Secretaria
Municipal, é que nós pretendemos neste ano, antes da 9ª Conferência de Saúde
que vai ocorrer normalmente em outubro, novembro, fazer a nossa Conferência
Estadual de Saúde ou Pré-Conferencia Nacional, e acreditamos que o Município de
Porto Alegre vai estar presente nessa Conferência Estadual com subsídio trazido
da Conferência Municipal. Então, é importante a participação popular nessa
conferência para levarmos subsídios e alterarmos definitivamente alguns
critérios que o Ministério tem lançado em termos de saúde, alguns critérios já
ultrapassados, alguns critérios que acreditamos que não são justos na área de
saúde.
Eu gostaria de encerrando as
minhas palavras, dizer que temos a maior boa vontade em transformar a saúde
realmente em saúde. Então, queria dizer que eu gostaria que não existisse
Governo Municipal, Estadual e Federal que nos impedisse de, no ano que vem,
poder realmente festejar um Dia Mundial da Saúde. Não queremos que governo
algum tenha poder maior do que a população, nós queremos que a participação
popular nas ações de saúde seja definitiva e sejam elas que determinem onde vão
ser aplicados os recursos e como vão ser corrigidas as deficiências até agora
cometidas. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Agradecemos
a presença do Sr. Secretário Substituto da Secretaria de Estado da Saúde e da
nossa companheira Secretária Municipal de Saúde e Serviço Social. De parte da
Mesa Diretora, queremos destacar exatamente o que o Dr. Oliveira acabou de
mencionar: a possibilidade de um trabalho conjunto entre poderes estadual e
municipal, ao menos me parece fundamental. Por outro lado, quero lembrar que a
participação do trabalhador da área da Saúde, seja ele o enfermeiro, seja ele o
atendente, seja ele o funcionário da área burocrática, seja ele médico, é
fundamental, inclusive, para a humanização da medicina. E queria aproveitar
este ensejo muito especialmente para destacar a nossa satisfação e registrar,
no meio desses desafios permanentes na área de saúde, por exemplo, o Hospital
Nossa Senhora da Conceição. E me refiro a esse, que conheço mais de perto,
gradualmente, que, na atual administração do Dr. Telmo Weber, vai recuperando a
sua qualificação, inclusive com substituição de pessoal, com novos
equipamentos, uma maneira diferente de atender o securitário, o encaminhamento
dos doentes que procuram quem os socorra. Então, nesse sentido, parece que bem
ou mal alguns desafios vão sendo gradualmente vencidos. Para esses registros,
nós queremos agradecer uma vez mais a presença dos nossos convidados.
Suspendemos os trabalhos
por dois minutos para despedidas e retornaremos, depois, já na Ordem do Dia.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h08min.)
O SR. PRESIDENTE (às 15h10min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.
O SR. ADROALDO CORRÊA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, gostaria de que V. Exª trabalhasse a votação da proposta de inversão da ordem dos trabalhos, fazendo primeiro correr a Pauta antes da Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE: Vereador,
como nós temos de votar, de qualquer maneira, alguma coisa, vou pedir ao Sr.
Secretário que primeiro faça a nova chamada de verificação de
"quorum" e, posteriormente, apresento seu Requerimento à apreciação
do Plenário.
O SR. 1° SECRETÁRIO: (Procede
à chamada nominal dos Srs. Vereadores para verificação de "quorum".)
Há "quorum", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Havendo "quorum", colocamos em votação o Requerimento de autoria do Ver. Adroaldo Corrêa, que solicita inversão dos trabalhos, passando-se, primeiro, à Pauta e, posteriormente, à Ordem do Dia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, contra os votos dos Vereadores Dilamar Machado, Jaques Machado, Nelson Castan e Edi Morelli.
O SR. PRESIDENTE: Com
a palavra o Ver. Edi Morelli, em Tempo de Liderança.
O SR. EDI MORELLI: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, infelizmente, mais uma vez, eu ocupo esta tribuna
para cobrar do Governo Municipal o cumprimento de leis. Aliás, o Governo da
Frente Popular está se caracterizando por não cumprir leis. Preocupado com a
irresponsabilidade de empresários que constroem prédios no Município de Porto
Alegre, fui buscar esclarecimentos e encontrei uma Lei Complementar de n° 119,
do Ver. Wilton Araújo, que inclui na Lei que institui o Código de Obras em
Porto Alegre, Lei n° 3.615, art. 93, ele inclui no art. 6° (Lê.): “Será pedida
a certidão negativa do cumprimento dos direitos trabalhistas, de acordo com o
último dissídio coletivo da categoria, expedido pelo Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre”.
Acontece, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, que a documentação necessária de vistoria predial
para habitação coletiva de prédios comerciais e industriais apresenta,
primeiro, requerimento assinado pelo interessado e respectivo técnico, com data
do início da obra. E por aí vai. Só que o item n° 6 diz: execução e manutenção
dos extintores, alarmes, iluminação de emergência. A certidão negativa do
cumprimento dos direitos trabalhistas não existe na relação que a Autarquia
pede para liberar o habite-se. Essa certidão negativa dos direitos
trabalhistas, da Lei Complementar do Ver. Wilton Araújo, simplesmente não é
reconhecida pelo atual Governo Municipal. E olhem que esta Lei é de 22 de março
de 1985. Portanto, na vistoria para
prédios, residências familiares, também não existe a certidão negativa do
cumprimento dos direitos trabalhistas. Está aqui a documentação solicitada pela
Secretaria responsável, que não pede esta certidão.
Portanto, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, é mais uma Lei que não é cumprida pelo Governo
que se diz trabalhista. Se é dos trabalhadores, é trabalhista. Não sei o que
pode ser feito para exigir o cumprimento de leis nesta Cidade. Fazem-se leis,
nesta Casa, para que o Governo Municipal simplesmente as ignore. Portanto,
estou chegando à conclusão de que votar Veto, não votar, é inconstitucional,
não é inconstitucional, isso não importa mais porque o Governo Municipal cumpre
o que lhe é conveniente; o que não é conveniente não cumpre.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Passamos à
1ª SESSÃO
PROC. Nº 0130/91 – SUBSTITUTIVO N° 02, de autoria do Ver. Omar Ferri, ao PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N° 014/91, de autoria do
Ver. Gert Schinke, que dispõe sobre incentivo fiscal para a realização de
projetos culturais no âmbito do Município de Porto Alegre.
PROC. N° 0062/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 003/91, de autoria do Ver. Artur Zanella, que denomina
Avenida João Carlos Bertussi da Silva um logradouro público, localizado no
Bairro Jardim Itu-Sabará.
PROC. N° 0681/91 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
DO LEGISLATIVO N° 012/91, de autoria do Ver. Airto
Ferronato, que isenta de Impostos e Taxas Municipais as pessoas físicas,
inativas e pensionistas, com mais de 65 anos de idade e renda familiar mensal
não superior a 3 (três) salários mínimos.
PROC. N° 0784/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 046/91, de autoria do Ver. Giovani Gregol, que denomina
Praça Rosa de Luxemburgo um logradouro público localizado no Bairro Bom Jesus.
PROC. N° 0624/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 038/91, de autoria do Ver. Luiz Machado, que autoriza o
Executivo Municipal a arredondar o valor do transporte coletivo, quando houver
comprovada dificuldade para o fornecimento do troco. Com Emendas.
PROC. N° 0660/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 039/91, de autoria do Ver. Décio Schauren, que dá nova
redação ao art. 28 da Lei n° 2.758, de 04 de dezembro de 1964, que estabelece
normas técnicas para a inclusão de veículos no transporte coletivo de Porto
Alegre e dá outras providências.
PROC. N° 0672/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 041/91, de autoria do Ver. Cyro Martini, que dispõe sobre
a divulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Código de Defesa do
Consumidor e dá outras providências.
PROC. N°
0651/91 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N° 011/91, de autoria do Ver.
Cyro Martini, que autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Municipal de
Defesa do Bem-Estar Popular.
PROC. N°
0130/91 – SUBSTITUTIVO N° 01, de autoria do Ver. Artur Zanella, ao PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N° 014/91, de autoria do Ver. Gert Schinke, que dispõe sobre
incentivo fiscal para a realização de projetos culturais no âmbito do Município
de Porto Alegre.
PROC. N°
0698/91 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N° 002/91, que relaciona prédio
de interesse sócio-cultural, para tombamento, autoriza o Poder Executivo a
permutar e a transferir Índice Construtivo, concede direito real de uso aos
proprietários do Cinema Capitólio e dá outras providências.
PROC. N°
0785/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 047/91, de autoria do Ver. Wilson Santos, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Professor Juan José
Mouriño Mosquera.
PROC. N°
0602/91 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N° 013/91, de autoria do Ver.
Airto Ferronato, que estabelece a obrigatoriedade do uso de balanças de
precisão nos estabelecimentos comerciais e dá outras providências.
PROC. N°
0140/91 – SUBSTITUTIVO N° 01, de autoria do Ver. Cyro Martini, ao PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N° 012/91, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que dispõe sobre a
fabricação, o comércio e o uso de artigos pirotécnicos e dá outras
providências.
2ª SESSÃO
PROC. N° 0773/91 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N°
008/91, de autoria do Ver. Nelson Castan, que concede o
título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Gildo Milman.
PROC. N° 0486/91 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
DO LEGISLATIVO N° 006/91, de autoria do Ver. João Dib, que
revoga a nova redação dada ao art. 5° da Lei Complementar n° 07, de 07.12.1973,
e dá outras providências. (IPTU)
PROC. N° 0619/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 036/91, de autoria do Ver. Jaques Machado, que denomina
Praça Paulo Hohlfeldt Filho um logradouro público localizado no Bairro Sarandi.
PROC. N° 0713/91 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N°
007/91, de autoria do Ver. João Motta, que institui o
Prêmio de Jornalismo Carmen da Silva a ser concedido anual e individualmente.
PROC. N° 0003/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 001/91, de autoria do Ver. João Dib, que estabelece a composição
da despesa com pessoal, conforme o disposto no art. 5°, § 1°, da Lei n° 6.611,
de 06 de junho de 1990.
PROC. N° 0585/91 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
DO LEGISLATIVO N° 009/91, de autoria do Ver. Wilton
Araújo, que inclui parágrafos ao art. 30 da Lei Complementar nº 12, de 07 de
janeiro de 1975, e dá outras providências.
PROC. N° 0508/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 028/91, de autoria do Ver. Edi Morelli, que fixa a
obrigatoriedade da implantação de redutores de velocidade (ondulações transversais
com sonorizador), faixas de segurança e sinalização complementar nas
proximidades das escolas de 1° e 2° graus e dá outras providências.
PROC. N° 0622/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 037/91, de autoria do Ver. Décio Schauren, que denomina Rua
Ruy Jader de Carvalho um logradouro irregular localizado no bairro Agronomia.
PROC. N° 0662/91 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 040/91, de autoria do Ver. Luiz Braz, que altera a
denominação de Rua Otto Niemeyer para Avenida Otto Niemeyer localizada no
Bairro Camaquã.
PROC. N° 2668/90 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 178/90, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que denomina Rua
Mário de Castilhos Ferreira um logradouro público localizado no Bairro
Farrapos.
PROC. N° 2652/90 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N° 063/90, de autoria do Ver. Nelson Castan, que concede o título honorífico de
Cidadão Emérito ao Senhor Salvador Antonio Hackmann Célia.
3ª SESSÃO
PROC. N° 2558/90 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N°
061/90, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que concede o
título honorífico de Cidadã Emérita à Senhora Dileta A. P. Silveira Martins.
PROC. N° 0400/91 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
DO LEGISLATIVO N° 004/91, de autoria do Ver. Wilson
Santos, que estabelece reajuste anual do Imposto Predial e Territorial Urbano –
IPTU – de Porto Alegre e dá outras providências.
PROC. N° 0091/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 005/91, de autoria do Ver. José Valdir, que institui o
Programa Municipal de Albergues para a mulher vítima de violência e dá outras
providências. Com Emenda.
PROC. N° 0124/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 009/91, de autoria do Ver. Leão de Medeiros, que constitui
a Guarda Municipal de Porto Alegre em quadro único e dá outras providências.
PROC. N° 0553/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 032/91, de autoria do Ver. João Bosco, que dispõe sobre a
transformação temporária de terrenos baldios, pertencentes ao Município, em
áreas de lazer e esporte.
PROC. N° 2607/90 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 177/90, de autoria do Ver. Wilson Santos, que denomina Rua
Salomão Dubin um logradouro irregular localizado no Bairro Boa Vista.
O SR. PRESIDENTE: O Vereador Leão de Medeiros está com a palavra. (Pausa.) Desiste. O Ver.
Airto Ferronato está com a palavra. (Pausa.) Ausente. O Ver. Adroaldo Corrêa
está com a palavra. (Pausa.) Desiste.
Encerrado o período de discussão
de Pauta.
Passamos à
O SR. PRESIDENTE: Há
"quorum", 24 Srs. Vereadores responderam à chamada. Nós, antes de
iniciarmos a votação dos projetos, colocamos à consideração do Plenário a
Questão de Ordem levantada pelo Ver. Clóvis Brum. O Ver. João Dib, em relação à
Questão de Ordem se para processar a Ordem do Dia não há necessidade do
"quorum" mínimo de 17 Srs. Vereadores, a Questão de Ordem foi
encaminhada à Comissão de Justiça e Redação, que deu o seguinte Parecer. (Lê o
Parecer da Comissão de Justiça e Redação.) Este Parecer deverá ser colocado em votação, neste momento, pela Mesa,
para a posição dos Srs. Vereadores.
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, votei com restrições, porque
pretendo suscitar à Mesa a possibilidade de pedir Destaque, na votação do
Parecer, da palavra “tanto a votação como a discussão precisa ‘quorum’ de 17
votos”. Eu discordo. Para votação e encaminhamento, sim. Para discussão, para
mim, a presença é de um terço de Vereadores.
O SR. PRESIDENTE: Nós
vamos consultar a Diretoria Legislativa quanto a este fato e ver se é possível
ou não.
O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Sr. Presidente, apenas para indagar, pela ordem de
votação, se renovação de votação de Veto seria em primeiro lugar.
O SR. PRESIDENTE: Nós
precisamos votar isto em primeiro lugar até para evitar que, nos
encaminhamentos ou discussão do Veto, possamos estar descumprindo isto aqui,
por isso que nós tomamos a precaução de levantar esta questão anteriormente. No
mais, a votação do Veto, evidentemente, é prioritária. Mas como essa é uma
Questão de Ordem que antecede o procedimento do Plenário, nos pareceu de bom
alvitre discutirmos essa questão preliminarmente.
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a preocupação em destacar a
expressão final do Parecer é para evitar que a Casa vote este Parecer nos
termos em que está. Nós nos apressamos em votar com restrição para que chegasse
ao Plenário.
O SR. PRESIDENTE: Ver.
Clóvis Brum, a Mesa vai perguntar se pode ou não destacar. Depois, V. Exª
poderá encaminhar a sua posição.
Suspenderemos os
trabalhos por um minuto, para termos orientação da Diretoria Legislativa.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h30min.)
O SR. PRESIDENTE: Reabrimos os trabalhos para responder à Questão de Ordem formulada pelo Ver. Clóvis Brum e pelo Ver. João Dib. Respondemos ao Ver. João Dib que o entendimento da Mesa e da Diretoria Legislativa, Vereador, conforme o art. 155, §1°, a Questão de Ordem é pertinente ao processo de votação que vai se deflagrar depois em relação ao Veto. Portanto, em relação a esta questão, encaminhamos. Em relação à questão do Ver. Clóvis Brum, o Ver. Vicente Dutra tem uma Questão de Ordem.
O SR. VICENTE DUTRA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a Questão de Ordem suscitada pelo Ver. Clóvis Brum, há alguns dias, se referia ao período de encaminhamento de votação, período de votação, se deveria ter o "quorum" qualificado de 17 Vereadores ou um outro “quorum". Nesse ponto, houve unanimidade da Comissão de Justiça de que o "quorum" necessário para a votação é de 17 Vereadores para Veto. Entretanto, este Vereador, como Relator, avançou mais ainda, considera que inclusive é necessário o "quorum" de 17, quando do Veto, até no período de discussão. Como isso extrapolou a Questão de Ordem do Ver. Clóvis Brum, eu requeiro a esta colenda Mesa para requerer o processo de novo para reexame desse assunto junto à Comissão de Justiça; em seguida, nós retornaremos com a decisão para que a Casa possa funcionar sem qualquer entrave burocrático.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Vicente Dutra, nós vamos consultar a
Diretoria Legislativa sobre a prática legislativa para que possa ser retirado,
portanto, de votação, o Parecer, neste momento, já que ele foi apregoado.
Ver. Vicente Dutra, nós reabrimos os trabalhos. Em relação à Questão de Ordem de V. Exª, nós submetemos a sua solicitação à votação do Plenário, à decisão do Plenário, porque já foi apregoado, seguimos o Regimento Interno. Se o Plenário decidir pela retirada, retiramos imediatamente e seguimos o ritual previsto em relação à votação do Veto e, evidentemente, só vamos decidir o assunto quando o Parecer retornar ao Plenário.
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, colaborando com a Mesa e deixando bem clara esta questão, V. Exª deve submeter ao Plenário, não porque tenha sido apregoado, mas porque a matéria já tem Parecer. Então, até para fazer uma coisa julgada.
O SR. PRESIDENTE: Colocamos em votação o Requerimento verbal do Ver. Vicente Dutra, Presidente da Comissão de Justiça, que pede vistas e, conseqüentemente, retira da votação, neste momento, o Parecer da Comissão de Justiça.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, contra os votos dos Vereadores Edi Morelli, Artur Zanella e João Dib, e abstenção do Ver. Omar Ferri.
Retirado, temporariamente, o Parecer n° 051/91, da CJR, retornando aquilo que vigorava anteriormente na Casa, e entramos na votação do Proc. nº 0296/91, renovação da votação nominal.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Sempre tenho falado em
colocar ordem na questão, não sei se vou fazer Questão de Ordem, mas há uma
dúvida muito grande. Eu havia requerido renovação de votação de um Veto, e foi
à Comissão de Justiça, e achei, outro dia, inclusive levantei uma Questão de
Ordem, que não poderia continuar a Sessão, mas aceitei a decisão da Casa, e não
sei se já há decisão com relação ao outro Veto.
O SR. VICENTE DUTRA (Questão de Ordem): Eu informo à Casa e ao Ver. João Dib, em caráter especial, que à Questão de Ordem solicitada pelo mesmo foi dado Parecer por este Vereador, e o Parecer foi vencido, razão pela qual foi designado um outro Vereador, que é o Ver. Clóvis Brum. Neste momento o Parecer deve estar sendo redigido para ser novamente apreciado pela Comissão de Justiça.
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, para informar à Casa que há pouco mais de cinco minutos fui designado pelo Ver. Vicente Dutra, Presidente da Comissão, para dar o Parecer. Pedi, no próprio Processo, Parecer Prévio do Assessor Jurídico da Comissão, que deve estar assim agindo.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Vicente Dutra e Ver. Clóvis Brum, respondendo à Questão de Ordem do Ver. João Dib, a Mesa não possui Parecer. Portanto, mantém aquilo que tem sido a prática com base pretensa no Regimento Interno.
O SR. ARTUR ZANELLA (Questão de Ordem): Sr. Presidente,
sexta-feira, se não me engano, foi votado novamente o Projeto do Ver. Omar
Ferri que havia sido vetado pelo Sr. Prefeito e a votação foi anulada. Logo,
como foi anulada a votação porque não tinha "quorum", os
encaminhamentos foram feitos novamente porque aquela votação tinha sido
anulada. Hoje, com a renovação de votação, acho que não cabem mais
encaminhamentos, que já foram feitos, acho que só cabe a votação pura e
simples, porque senão vai acontecer o caso de terem dois encaminhamentos.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Artur Zanella, em ambos os casos renova-se o conjunto do processo de votação, que implica encaminhamento e tomada de votos, ou seja, abrir-se-ão novamente inscrições para encaminhamento, até porque neste meio tempo algum Vereador poderá ter mudado de opinião, de posição ou até mesmo a Bancada inteira. V. Exª em todo caso faz anteceder a orientação que a Mesa daria se as Questões de Ordens estiverem todas superadas e pudermos passar à renovação de votação.
Não há mais Questões de Ordem. Passamos à votação dos Projetos.
PROC. N° 0296/91 - VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 001/91, que autoriza a abertura de créditos adicionais no DMAE e na
Administração Centralizada e dá outras providências.
Pareceres:
- da
CFO. Relator Ver. Airto Ferronato: pela manutenção do Veto Parcial;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Adroaldo Corrêa: pela manutenção do Veto Parcial.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLE n°
001/91 – Veto Parcial. (Pausa.) O Ver. Adroaldo Corrêa está com a
palavra para encaminhar.
O SR.
ADROALDO CORRÊA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, para me antecipar às razões do Ver. João Dib, das
quais já temos, neste Plenário, presente algumas, e pela manutenção do Veto é a
Bancada do Partido dos Trabalhadores, na seguinte visão, já expressa no Parecer
que assinamos no âmbito da Comissão de Transporte, Urbanismo e Habitação. O
empréstimo do Executivo, junto ao DMAE, foi a título de formação de caixa para
pagamento dos servidores públicos no mês de janeiro. A data do pagamento era
próxima à deliberação desta Câmara de Vereadores e, no entendimento do
Executivo, a proximidade põe em risco o não-pagamento se o encaixe não for
feito. No entendimento do Diretor do DMAE, esse empréstimo, se submetido ao Conselho,
em função da exigência da Lei que aqui foi aprovada, impediria o pagamento no
dia em que o empréstimo, por esse motivo, estava sendo feito. Isso no
entendimento do Diretor do DMAE. O empréstimo foi feito, o funcionalismo foi
pago, o empréstimo foi ressarcido ao DMAE já em oportunidade bem anterior a
esta data, e o próprio Conselho tem presente que o empréstimo foi feito e que,
inclusive, a correção monetária devida lhe foi acrescentada ao valor de 700
milhões.
Nós
acreditamos que, se não há um motivo técnico, embora ressalvamos no próprio
Parecer, e ressalvemos, agora, que sempre se fará necessário para matéria desta
finalidade a ouvida do Conselho do DMAE, a extraordinariedade daquele fato em
relação àquela data, apenas esta hipótese permitiu que o gesto fosse feito da
forma como foi feito. No nosso entendimento, a situação está recomposta, e é
possível, também, que se faça audiência sobre a matéria, se há concordância ou
não para procedimento desta magnitude, junto ao Conselho do DMAE, ad
referendum.
Nós
acreditamos que – e já foi dito aqui – o episódio não pode se repetir, esta é
uma das razões do Ver. João Dib, na medida em que o Conselho tem a autonomia da
deliberação sobre esta matéria e o poder de autorizar ou vetar, dado que as
razões eram de extrema importância, a própria evidência do caráter para quem se
destinava a verba coloca esta importância, não exatamente o conjunto dos
valores envolvidos, mas o fim a que se destinava e que o ressarcimento da
importância com os juros devidos já foi feito e que, portanto, à exceção do
critério da audiência do Conselho, que nós reputamos de fundamental
importância, outro argumento não pode ser erguido para contestar o Veto. Nós
somos a favor da manutenção, na medida em que, principalmente, todos os fatos já
ocorreram, e resta a questão política da ouvida ou não do Conselho, a qual a
própria Prefeitura e o Partido dos Trabalhadores não negam. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está
com a palavra para encaminhar. Desiste.
Não havendo mais encaminhamentos, passamos à renovação de votação. Em votação o
PLE n° 001/91. Solicito ao Sr. 1° Secretário que proceda à chamada nominal dos
Srs. Vereadores para a votação.
O SR.
1° SECRETÁRIO: (Procede
à chamada e coleta os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 20 Srs.
Vereadores votaram SIM, 11 Srs. Vereadores votaram NÃO.
O SR.
PRESIDENTE: APROVADO o
PLE n° 001/91 em sua parte não vetada, considerando-se rejeitado o Veto Parcial
a ele aposto.
(Votaram SIM os Vereadores Artur Zanella, Clóvis Brum, Cyro Martini,
Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Isaac Ainhorn,
Jaques Machado, João Dib, Leão de Medeiros, Letícia Arruda, Luiz Braz, Luiz
Machado, Mano José, Nelson Castan, Nereu D'Ávila, Vieira da Cunha, Wilson
Santos e Wilton Araújo. Votaram NÃO
os Vereadores Adroaldo Corrêa, Antonio Hohlfeldt, Clovis Ilgenfritz, Décio
Schauren, Gert Schinke, Giovani Gregol, João Motta, José Alvarenga, José
Valdir, Lauro Hagemann e Omar Ferri.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa apregoa, de
autoria do Ver. Leão de Medeiros, Subemenda à Emenda n° 04 ao PLE n° 069/90 –
Proc. n° 2277/90.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO – URGÊNCIA
PROC. Nº 2588/90 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
Nº 174/90, de
autoria do Ver. João Motta, que denomina Praça Figueira da Pedra um logradouro
público localizado no Bairro Vila Nova.
Parecer conjunto:
- da CJR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral
Ver. Giovani Gregol: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.)
Não há oradores inscritos para discutir o PLL nº 174/90. Passa-se à votação.
(Pausa.) Em votação. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
O SR. ISAAC AINHORN
(Requerimento): Sr. Presidente, requeiro a V. Exª que, ouvido o
Plenário, realize uma inversão e vote os Projetos das folhas 8 e 9, que são
nomes de ruas, o que facilitaria consideravelmente o trabalho dos Srs.
Vereadores. São quatro Projetos, sendo que três dizem respeito a nome de ruas e
um a Título de Líder Comunitário.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn, que solicita a inversão
da Ordem do Dia, passando-se aos Processos n°s 2544, 2583 e 2509/90
e 0453/91, que se encontram nas folhas 8 e 9 dos avulsos, a serem votados a
partir deste momento, à frente dos demais Projetos. Em votação. (Pausa.)
O Ver. Clovis Ilgenfritz está com
a palavra para encaminhar, pelo PT.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ:
Srs. Vereadores, nós gostaríamos de pedir vênia ao
Ver. Isaac Ainhorn, no sentido de permitir que a votação transcorra em nível
normal, porque existem alguns projetos que são de alto interesse da comunidade
e que poderiam, ficando para o fim, não ter "quorum". Nós examinamos
rapidamente estes projetos e, no nosso entender, eles não teriam problemas
maiores. Então, pedimos que a seqüência seja garantida em nome de que estes
projetos sejam despachados, porque são questões, inclusive, pendentes de
permuta e que já foram suspensos por várias vezes. E só pedimos, de uma forma
fraternal, ao nobre Vereador que permita que as votações se encaminhem no ritmo
normal. E eu tenho para mim, e a Bancada do PT assim pensa também, que vai
haver rapidez, porque não existem projetos polêmicos.
Era isto, e estamos encarecendo
aos Srs. Vereadores que não aprovem o Requerimento do nobre Ver. Isaac Ainhorn.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra
para encaminhar, pelo PDT.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr.
Presidente, o objetivo do meu Requerimento foi tão-somente colaborar com a
Ordem do Dia, uma vez que há projetos aqui que vão ser objeto de grande debate
e, então, vai ter uma discussão geral muito grande. Em razão disso, aqueles
projetos mais simples, que não vão ter nem discussão, nem encaminhamento, sejam
votados imediatamente. É esse o objetivo. Isso é uma tradição da Casa em três,
quatro minutos, nós vamos liquidar quatro projetos e vamos ficar com os mais
complexos para depois. Isso faz parte de uma tradição da Casa no sentido de
facilitar, evitando o emperramento de alguns projetos, o que acontece com
freqüência. É esse o objetivo do Requerimento de votar os nomes de rua
antecipadamente. Estranho, sinceramente, a posição do Ver. Clovis Ilgenfritz.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa esclarece que não há mais
encaminhamentos e antecipa aos Srs. Vereadores a informação antes da votação do
Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn. Existem Requerimentos para adiamento de
votação ou de discussão dos Processos n°s 2277/90, 2104/89 e
0961/90. Serão, evidentemente, votados os Requerimentos, e o Plenário decidirá
a respeito.
Em votação o Requerimento do Ver. Isaac Ainhorn, para que
se modifique o ordenamento dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. Nº 2544/90 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
Nº 169/90, de
autoria do Ver. Vicente Dutra, que denomina Praça Frei Celso Brancher um
logradouro público localizado no Bairro Teresópolis.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver.
João Motta: pela aprovação;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação.
PROC.
N° 2583/90 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 173/90, de autoria do Ver.
Cyro Martini, que denomina Rua Antônio Manoel da Rosa um logradouro público
Localizado no Bairro Jardim Itu-Sabará.
Pareceres:
- da CRJ. Relator Ver. João Motta:
pela aprovação;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. Não há
oradores inscritos para discutir o PLL nº 173/90. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Cyro Martini,
solicitando que o PLL n° 173/90 seja dispensado de distribuição em avulsos e
interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
PROC. N° 0453/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N° 024/91, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que denomina Rua
Rodolfo Herschdörfer um logradouro público localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Leão de Medeiros:
pela aprovação;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. Não há
oradores inscritos para discutir o PLL n° 024/91. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Isaac Ainhorn,
solicitando que o PLL n° 024/91 seja dispensado de distribuição em avulsos e
interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Pareceres:
- da CRJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn:
pela aprovação;
- da CEC. Relatora Ver.ª Letícia
Arruda: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. Não há
oradores inscritos para discutir o PR n° 057/90. Em votação. (Pausa.) Os. Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Cyro Martini, solicitando
que o PR n° 057/90 seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício
para a sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
PROC.
N° 2199/90 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 067/90, que autoriza o
Executivo a permutar imóvel do Município de Porto Alegre com imóvel de
propriedade de Elzo Pagano e outros.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. João Motta:
pela aprovação;
- da CFO. Relator Ver. Dilamar
Machado: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis
Ilgenfritz: pela aprovação.
Observação:
- adiada a discussão por quatro Sessões.
O
SR. PRESIDENTE: Foi apresentada uma Emenda ao PLE n° 067/90, pelo Ver.
Lauro Hagemann, com Parecer do Ver. Dilamar Machado.
Vamos suspender os trabalhos por cinco minutos para a
elaboração do Parecer à Emenda.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h09min.)
O
SR. PRESIDENTE (às 16h13min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. João Motta solicita seja adiada por uma Sessão a
discussão desse Processo, que permitirá, na reunião de amanhã, provavelmente da
Comissão de Justiça ou da Comissão Conjunta, uma decisão sobre a Emenda do Ver.
Lauro Hagemann. E voltará este Projeto à Pauta na quarta-feira.
Então, nesse sentido, Requerimento do Ver. João Motta, que
solicita adiamento da discussão por uma Sessão, até quarta-feira, do Proc. n°
2199/90, PLE n° 067/90, que autoriza o Executivo a permutar imóvel do Município
de Porto Alegre.
Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o adiamento por uma Sessão.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
PROC. N° 2277/90 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 069/90, que dispõe sobre a colocação de placas visíveis nas residências e condomínios que tenham animais ferozes. Com Emendas n°s 01 a 05.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Décio Schauren: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação;
- da COSMAM. Relator Ver. Nereu D'Ávila: pela aprovação.
Pareceres Conjuntos às
Emendas n° 01 e n° 02:
- da CJR, CUTHAB e
COSMAM. Relator Ver. João Motta: pela
aprovação das Emendas n°s 01 e 02;
- da CJR, CUTHAB e COSMAM.
Relator Ver. Omar Ferri: pela aprovação das
Emendas n°s 03, 04 e 05.
Observação:
- adiada a discussão por cinco Sessões.
O SR. PRESIDENTE: Em relação ao Proc. nº
2277/90 – PLE nº 069/90, entraram mais Emendas e Subemendas. Este Projeto se
encontra em discussão. Já foi adiada a discussão por cinco Sessões. Em
discussão.
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Eu não posso discutir o
Projeto se não conhecer o teor das Emendas e Subemendas.
O SR. ARTUR ZANELLA (Questão de Ordem): Veja como fica a minha
situação, que já discuti. Ver. Clóvis Brum – com todo respeito – não podemos
receber todas as Emendas para somente depois discutir. Estou falando por uma
condescendência da Mesa. Quero saber quem é que já discutiu, porque eu me
lembro, vagamente, de ter discutido esse assunto no mês passado, e quero saber
quem é que está impossibilitado de discutir.
O SR. PRESIDENTE: Já discutiram o Projeto
o Ver. Artur Zanella, o Ver. Leão de Medeiros, o Ver. Omar Ferri, o Ver. José
Valdir e o Ver. Luiz Machado.
Temos dois encaminhamentos possíveis: ou suspendemos a
Sessão pelo tempo necessário para os Pareceres, distribuição da matéria toda,
ou saltamos esse Processo, momentaneamente, e vamos adiante nos demais
Processos, até esgotarmos a Ordem do Dia, quando retornaríamos, então, ao Proc.
n° 2277/90.
Então, colocamos à consideração do Plenário, diante da
Questão de Ordem do Ver. Clóvis Brum: saltamos o Proc. n° 2277/90,
provisoriamente, colocando, portanto, na ordem final da Ordem do Dia de hoje,
continuando os trabalhos com os demais processos, enquanto se processa o
Parecer e o apanhado dos votos dos Sr. Vereadores, ou chegaremos à suspensão
dos trabalhos para a reunião conjunta para votação e distribuição da matéria.
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Esses Pareceres serão
pareceres conjuntos? E a discussão?
O SR. PRESIDENTE: Necessariamente.
Discussão não há mais, já foi adiado por cinco Sessões.
Em votação a proposta da Mesa de passarmos esse Processo
para o final da Ordem do Dia, votando-se sucessivamente os demais projetos. Os
Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
Pareceres:
-
da CFO. Relator Ver. Vieira da Cunha: pela aprovação, com as Emendas n°s
01, 02 e 03;
-
da CJR. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação, com as Emendas n°s
01, 02 e 03;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Lauro Hagemann: pela rejeição;
- da COSMAM.
Relator Ver. Giovani Gregol: pela rejeição do Projeto e das Emendas.
Observação:
- adiada a discussão por quatro Sessões.
O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa
Requerimento de autoria do Ver. Nelson Castan, solicitando que o PLL n° 114/89
seja retirado, nos termos do art. 146 do Regimento Interno. Em votação (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
PROC.
N° 2247/89 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 125/89, de autoria do Ver.
Cyro Martini, que dispõe sobre inclusão de serviços psicológicos nas atividades
administrativas de trânsito. Com Emenda n° 01 ao Substitutivo n° 01.
Pareceres:
- da CJR.
Relator Ver. Clóvis Brum: pela aprovação do Substitutivo;
- da CUTHAB.
Relator Ver. João Dib: pela aprovação do Substitutivo com Emenda;
- da CJR.
Relator Ver. Vicente Dutra: pela aprovação da Emenda ao Substitutivo;
- da CEC.
Relatora Verª Letícia Arruda: pela aprovação do Substitutivo com Emenda;
- da COSMAM.
Relator Ver. Giovani Gregol: pela aprovação do Substitutivo com Emenda.
O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Cyro Martini, solicitando
que o PLL n° 125/89 tenha adiada a sua discussão por uma Sessão. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
PROC.
N° 0961/90 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 051/90, de autoria do Ver.
Elói Guimarães, que determina o envio para o Legislativo do Processo de Cálculo
Tarifário por ônibus, lotação, táxis e escolares no Município de Porto Alegre. Com
Emenda n° 01.
Pareceres:
- da CJR.
Relator Ver. Clóvis Brum: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto com a Emenda;
- da CJR.
Relator Ver. Clóvis Brum: pela aprovação da Emenda;
- da CEDECON.
Relator Ver. Cyro Martini: pela aprovação do Projeto com a Emenda.
O
SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Elói
Guimarães, solicitando que o PLL n° 051/90 tenha adiada a sua discussão por uma
Sessão. Em votação. (Pausa.) Os. Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO
PROC. N° 1873/90 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 123/90, de autoria
do Ver. Mano José, que acrescenta parágrafo ao art. 1° da Lei n° 4.793, de 31
de outubro de 1980, que alterou a Lei n° 4.187, de 26 de novembro de 1976, que
institui o serviço de táxi-lotação. Com Emenda.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Vicente Dutra: pela aprovação;
- da CFO. Relator Ver. Luiz Machado: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação;
- da CEDECON. Relator Ver. Jaques Machado: pela aprovação.
Parecer Conjunto:
- da CJR, CFO, CUTHAB E CEDECON. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela
aprovação da Emenda.
Observação:
- adiada a discussão por duas Sessões.
O
SR. PRESIDENTE: Em discussão. Não há Vereadores inscritos para discutir o
PLL n° 123/90. Em votação. O Ver. Mano José está com a palavra para encaminhar.
O
SR. MANO JOSÉ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, não vou utilizar os cinco
minutos permitidos, porque o nosso objetivo, ao apresentar este Projeto de Lei
é simplesmente o de trazer à população porto-alegrense uma comodidade no que se
refere ao transporte coletivo desta Cidade, ou seja, neste momento existe uma
carência de ônibus para todos os bairros de Porto Alegre, no período após as
20h, e o nosso propósito é estender o uso do táxi-lotação até as 24h,
reivindicação que consideramos justa e de elevado beneficio para a população
necessitada, que não tem automóvel, ou um ônibus com um horário mais próximo
das suas necessidades. Por que não estender, se temos o táxi-lotação até as
20h, o horário até as 24h? É uma reivindicação que trago à apreciação dos
nobres Pares, e tenho certeza que contaremos com o apoio de todos os colegas.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Luiz Braz.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós sabemos que em alguns
horários do transporte coletivo, e lotação não é transporte coletivo, os
motoristas e cobradores estão se negando a fazer o seu trabalho em algumas
linhas, por absoluta falta de segurança. O Ver. Mano José, quem muito admiro,
quer resolver este problema com os ônibus que estão praticamente escasseando
nas principais linhas, ou mais longas, da Cidade, e substituir esse transporte
por lotação.
Nós acreditamos que a solução desse escasseamento deve ser
feita, também, até com o plus, com a colocação de seguranças
particulares. O que está acontecendo, atualmente, é que os ônibus estão
trafegando sem nenhum tipo de segurança, principalmente em determinadas
regiões, onde se concentram as vilas populares de Porto Alegre. Os motoristas e
os cobradores, se negando a fazer o trabalho, o transporte, nós vamos colocar,
Ver. Mano José, os táxis-lotação, que têm uma facilidade maior de serem
atacados, talvez correndo este mesmo risco, que na atualidade motoristas e cobradores
dos ônibus estão correndo. V. Exª sabe que no ano de 1990 nós tivemos um
assalto em cada quatro dias. Foi estatística do ano passado. Nós estaríamos,
agora, obrigando os táxis-lotação a fazerem esses horários mais perto da
meia-noite, aumentado o índice de assaltos, porque seriam transferidos dos
ônibus para os lotações. Ao invés de obrigarmos, através da colocação de
seguranças, a que os ônibus cumpram os seus horários para que satisfaçam os
seus itinerários, simplesmente substituímos estes ônibus que estão se negando a
fazer esses itinerários...
(Aparte anti-regimental do Ver. João Dib.)
O
SR. LUIZ BRAZ: É verdade, Ver. João Dib, basta V. Exª acompanhar o
noticiário policial. A própria polícia está evidenciando o número de assaltos
que temos. O que não podemos é tentar resolver este problema simplesmente com a
colocação das lotações. Acho que V. Exª tem razão até um determinado ponto,
porque acredito que os lotações deveriam trafegar em outros horários. Mas antes
de corrigirmos o que está acontecendo com os ônibus da Cidade, nesses horários
mais adiantados, acredito que colocar lotações, para essas lotações serem
assaltadas, é estarmos expondo tanto os motoristas das lotações como os
motoristas dos ônibus, e também os cobradores, a um perigo muito grande.
No Jardim Vila Nova, os ônibus da madrugada foram
retirados, conforme me alerta o Ver. Luiz Machado, por falta de segurança. Meu
amigo, Ver. Luiz Machado, eu tenho certeza de que na Restinga, em determinadas
regiões, o transporte coletivo já deixou de operar em determinados horários,
principalmente perto da madrugada, exatamente por falta de segurança. Então,
algo que deve ser corrigido com a colocação de seguranças, nós vamos corrigir
tentando colocar os lotações para substituir a frota dos ônibus. Acredito que
seja um erro, seja uma exposição desnecessária daqueles profissionais aos
assaltos, e nós, por isto mesmo, talvez, num outro momento, estaríamos votando
favoravelmente a vossa proposição, Ver. Mano José, por meritória, mas neste
instante, exatamente pelo problema de segurança, ou da falta de segurança, nós
estaremos votando contrariamente à sua proposição, não pelo mérito, mas pelo
momento que atravessamos. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Leão de Medeiros): O Ver. Dilamar Machado está com a palavra
para encaminhar, pelo PDT.
O
SR. DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu acho que o Ver. Mano
José está correto ao possibilitar à Cidade de Porto Alegre o melhor transporte
coletivo. Eu não conheço, no setor de transporte coletivo, melhor negócio do
que táxi-lotação. É melhor do que ônibus, melhor do que táxi, aliás, Porto
Alegre é sui generis porque, eu não sei, mas em outras capitais do País
este serviço não existe. No Rio de Janeiro existiam, um tempo atrás, e era um
verdadeiro pandemônio os chamados lotações. Mas aqui existe. Eu acho que o Ver.
Mano está correto, e os argumentos do Ver. Luiz Braz, eu não vou dizer que não
estão corretos, mas o Ver. Luiz Braz parte para um problema prático. Assaltam ônibus
em Porto Alegre? Assaltam! Agora, assaltam táxis em Porto Alegre todas as
noites e matam os motoristas de táxi; assaltam particulares e matam os
particulares. Eu, para falar a verdade, não vi e não li nenhum assalto a
táxi-lotação, e nunca vi. Agora, a ônibus já ouvi alguma coisa. A verdade é a
seguinte: pelas tarifas atuais, cada passageiro que entra no ônibus é vítima de
um assalto, na hora que entrou está sendo assaltado pelo trocador do ônibus. Eu
não vejo nenhum problema, e o Ver. João Dib, que conhece bem o problema, já foi
Secretário dos Transportes do Governo, do DMAE, Prefeito, Vereador, ele
apresenta uma Emenda que acho até generosa aos proprietários de táxi-lotação,
porque permite ao
proprietário do táxi-lotação trabalhar desde que sua linha tenha um
aproveitamento, um índice mínimo de 65%, e, nesse caso, no horário das 20 às
24h, a empresa ficaria com a faculdade de operar ou não na linha.
Indiscutivelmente, o táxi-lotação é um serviço seletivo.
Quem vai usar o lotação é quem tem melhor poder aquisitivo. Eu diria, Ver. Mano
José, que seria para casos flagrantes, como os alunos da PUC, porque os ônibus
da CARRIS vêm lotados, e se o serviço de lotação funcionar - para alguns
setores vai funcionar - acredito que vai ser um bom negócio para os proprietários
do táxi-lotação. Encaminho favorável ao Projeto de V. Exª, e à Emenda do Ver.
Dib, até porque tanto o Ver. Mano, como o Ver. Dib consultaram a Associação dos
Transportadores de Táxi-Lotação, e eles estão de acordo com o Projeto e com a
Emenda. Acho que devemos votar de acordo com os interesses de quem opera no
setor. Até hoje não ouvi de nenhum proprietário de lotação, ou seu
representante, qualquer coisa contra este Projeto. Somos a favor do Projeto de
V. Exª e esperamos vê-lo aprovado. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para
encaminhar, pelo PT.
O
SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente dos trabalhos e Srs. Vereadores, em nome da
Bancada do PT, nós encaminhamos favoráveis ao Projeto, em primeiro lugar porque
discordamos da assertiva do Ver. Luiz Braz de que o táxi-lotação não é
transporte coletivo. Independente do mérito de uma decisão, mas o Ver. Dib bem
lembra disto, esta Casa, em 1984, discutiu na Justiça o conceito do táxi-lotação
como transporte coletivo, e o Judiciário decidiu que era coletivo. Tanto é que
tem sua tarifa vinculada à dos ônibus e, portanto, deve sofrer legislação sob
tal perspectiva. Táxi-lotação e ônibus são coletivos, diferenciados, sem dúvida
nenhuma. O táxi-lotação é suplementar ao sistema principal dos ônibus, mas é um
sistema de transporte coletivo, o que não ocorre com os táxis como tal.
Portanto, nesse sentido, é útil
o
Projeto do Ver. Mano José, porque termina com uma parafernália da situação real
de hoje em que permitentes, alguns fazem, alguns não fazem, fazem quando lhe dá
na telha, não fazem quando resolvem não fazer. Nós passamos a regular
igualitariamente para todos os serviços do táxi-lotação, que operará até zero
hora, no mínimo, ficando depois, evidentemente, a alternativa liberada para os
permissionários após esse horário, na madrugada.
Por outro lado, chega ao Projeto uma Emenda do Ver. Dib.
Eu, pessoalmente, Ver. Dib, eu tenho orientação da Bancada neste sentido: vamos
votar favoravelmente à Emenda. Agora, entendemos que a Emenda é muito
complicada de ser seguida na prática. O Ver. Elói Guimarães, ex-Secretário, o
Ver. Dib, Secretário, eu, ex-Secretário, o Ver. Zanella não está aqui, nós
sabemos que a SMT, por vários motivos, e eu tentei resolver esse problema em
1989, e não cheguei a ter tempo. Neste aqui parece que a SMT parou de se
preocupar com o assunto. Havia dado uma orientação de se iniciar a preparação
de uma planilha de custo autônoma do táxi-lotação, o que acho que é um absurdo,
porque em doze anos de vida do táxi-lotação, até hoje a SMT não fez uma
planilha.
Eu dei uma ordem de que, naquela época, se começasse a
fazer esse cálculo e naquela época parece que não andou, tem um Projeto
tramitando na Casa já desarquivado dando prazo à SMT para fazer a planilha
autônoma do táxi-lotação. Acho fundamental que se dê um cálculo real desse
serviço, ele merece a sua autonomia e, evidentemente, resguardar o interesse
público de que a sua tarifa não poderá ser demasiadamente aproximada da tarifa
de ônibus. Tem que haver uma relação entre as duas para que o táxi-lotação não
concorra com o ônibus, mas, sem dúvida nenhuma, tem que ter a sua planilha. E
aí, Ver. Dib, eu fico na dúvida, V. Exª sabe, o Ver. Elói sabe, e eu sei, a SMT
na verdade não dispõe de dados reais sobre números de passageiros nas linhas de
táxi-lotação; sabe aquilo que os permissionários dizem. Recentemente, a SMT, no
final do ano passado, eu tenho informações de que em torno de setembro,
outubro, a SMT fez um censo de passageiros no táxi-lotação com a colaboração,
inclusive, dos permissionários. Não sei, Ver. Dib, no entanto, se foi
oficializado isso, e aí fico numa dúvida e quero expressá-la com toda a
franqueza, com toda a tranqüilidade: como nós vamos seguir sua Emenda, como a
própria SMT vai calcular os 65%? Eu diria mais, como o próprio permissionário
vai conseguir calcular? Serão 65% de veículo? Ou serão 65% da linha ou da
média?
Parece-me que fica complicada a redação e me parece que
vamos ter aí, eventualmente, uma possibilidade de Veto Parcial à Emenda, no
sentido da quase impossibilidade de ela ser cumprida. Mas de qualquer maneira
não temos óbice, do ponto de vista legal ou do mérito, à proposição emendada,
contida na Emenda do Ver. João Dib. De forma que, pelo PT, nós encaminhamos
favoravelmente ao Projeto, favoravelmente à Emenda, com esta ressalva: achamos
difícil o cumprimento prático, a aplicabilidade prática da Emenda e discordando
apenas do Ver. Luiz Braz no fato de que táxi-lotação é, sim, transporte coletivo
e isso foi decidido, inclusive por iniciativa desta Casa, numa demanda
judicial, na ocasião, com o Executivo, representado à época pelo então Prefeito
João Dib, em que esta Casa obteve ganho de causa. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra para encaminhar,
pelo PCB.
O
SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu não vou trazer nada de
novo a esse Processo, apenas relatar e dizer que se a Casa aprovar o Projeto do
Ver. Mano José estará aprovando alguma coisa com conhecimento de causa. Quando
fui Relator desse Projeto, na CUTHAB, dei Parecer favorável pelo mérito
inegável que ele representa, a tentativa de se expandir o horário dos
táxis-lotação para além das 20h, de maneira uniforme e regular. Causou-me
surpresa, porém, quando, em Plenário, deparei-me com a determinação da Mesa de
ser o Relator da Emenda do Ver. João Dib e exarei um Parecer porque tive a
pachorra de perguntar ao Ver. Mano José, autor do Projeto, se ele concordava
com a Emenda ou, afinal de contas, qual era a posição dele como autor do
Projeto. Ele me disse, com toda a lisura – que é a característica do Ver. Mano
José – que essa Emenda tinha sido objeto de um entendimento entre o autor do
Projeto, o autor da Emenda e os permissionários do serviço. Em razão disso, não
opus nenhum obstáculo à aprovação e ao Parecer favorável à Emenda.
Mas eu gostaria de dizer, como toda a clareza, que a
Emenda, tal como está redigida, e já foi objeto de observações aqui da tribuna,
eu tenho sérios receios de que vá transformar o Projeto num vazio. Porque esse
índice de 65% de ocupação no horário das 20 às 24h vai ser muito difícil de ser
calculado, e eu acho mais difícil do que ser calculado, mais difícil ainda de
ser cumprido, porque nesse horário, em táxi-lotação, não vai haver nunca 65% de
ocupação. Esta é a razão porque me reservo o direito de dizer à Casa que vamos
votar a favor, mas não vamos criar falsas expectativas na população que
pretensamente seria alcançada por este benefício. Era isto.
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: Encerrados os encaminhamentos. Em votação o Projeto de Lei
do Legislativo n° 123/90 – Proc. n° 1873/90, de autoria do Ver. Mano José. Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, contra o
voto do Ver. Luiz Braz.
Aprovado o Projeto, com ressalva da Emenda, vota-se a
Emenda. (Lê ementa da Emenda.) Em votação a Emenda do Ver. João Dib. Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, contra os
votos dos Srs. Vereadores Luiz Machado, Leão de Medeiros e Clóvis Brum.
Sobre a mesa Requerimento de autoria do Ver. Mano José,
solicitando que o PLL n° 123/90 seja dispensado de distribuição em avulsos e
interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Retornamos, agora, ao Proc. n° 2277, às folhas 4, e
suspendemos a Sessão por quinze minutos para que seja terminada a datilografia
e haja Reunião Conjunta das Comissões de Justiça e Redação, CUTHAB e COSMAM,
para a apreciação e votação do Parecer do Relator, Ver. Omar Ferri, em relação
às Emendas e Subemendas acima mencionadas. Suspendemos por quinze minutos a
Sessão.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h46min.)
O SR. 1° SECRETÁRIO: Não há "quorum", Sr. Presidente. Há
10 Vereadores em Plenário.
O SR. PRESIDENTE: Não havendo
"quorum", declaro encerrada a presente Sessão.
(Levanta-se
a Sessão às 17h15min.)
* * * * *